Dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, acessados pela Revista Sociedade Militar, mostram uma redução significativa nos roubos a residências no estado, um dos mais violentos do país. Especialistas em segurança sugerem que o aumento nas medidas de segurança patrimonial, implementadas de forma voluntária pelos próprios moradores, contribuiu para essa queda. O gráfico abaixo, do ISP-RJ, mostra que no Rio de Janeiro o número de roubos a residência caiu de 1.305 casos em 2014 para 838 casos em 2023.

A segurança residencial é um tema recorrente e de grande relevância no cenário atual. Com o avanço da tecnologia e o aumento da preocupação com a segurança pessoal e patrimonial, muitas residências estão adotando diferentes tipos de equipamentos de segurança. Essa tendência levanta uma questão importante: esses equipamentos realmente funcionam para prevenir invasões e roubos em residências?
Nas cidades, é cada vez mais comum ver casas equipadas com câmeras de segurança, muros adornados com concertinas e placas alertando sobre a vigilância do local. Apesar dessa popularidade, ainda há quem questione a eficácia dessas medidas. É um fenômeno similar à resistência observada em outras épocas, como quando foram introduzidos muros residenciais, grades nas janelas e portões automáticos.
Uma análise de fotografias antigas de bairros residenciais revela uma evolução significativa na segurança das habitações. Originalmente, as entradas dos prédios residenciais abriam-se diretamente para as calçadas. Com o tempo, muros com grades foram construídos, portões foram instalados e, hoje em dia, muitos edifícios contam com porteiros eletrônicos.
As principais medidas de segurança residencial, inspiradas nas práticas de instalações militares, têm como objetivo principal dissuadir potenciais infratores. Evitar o enfrentamento é algo extremamente desejável e lucrativo, principalmente para um pai de família, uma dona de casa, então as medidas de dissuasão são cada vez mais desejadas. No meio militar e policial, há um ditado de que “o malandro busca facilidade”, o que reflete a preferência por alvos menos protegidos. Há marginais que se aproveitam de facilidades como muros baixos e janelas frágeis, no Rio de Janeiro esse tipo de criminoso tem o apelido de descuidista. Portanto, o ideal é que medidas preventivas desencorajem qualquer tentativa de invasão.
Equipamentos como concertinas, câmeras de monitoramento, cães de guarda, muros altos, iluminação ativada por movimento e avisos de monitoramento são eficazes para dissuadir invasores. Hoje em dia a maior parte das pessoas consegue instalar pelo menos um dos equipamentos de segurança patrimonial que podem dissuadir a maior parte dos indivíduos mal intencionados, que buscam facilidade e descuidos de segurança.
Equipamentos de Segurança Residencial mais comuns e valores atuais praticados no mercado brasileiro (2023):
- Concertina: Uma barreira física de metal, geralmente instalada no topo de muros, com lâminas afiadas para desencorajar escaladas. Valor R$ 127,00 o rolo com 5 metros de comprimento e diâmetro de 30 milímetros.
- Câmeras de Monitoramento: Dispositivos eletrônicos que gravam e transmitem imagens do ambiente, permitindo vigilância remota e gravação de atividades suspeitas. Valor R$ 1.500 o kit com 8 câmeras e um gravador.
- Alarme Sonoro: Sistema que emite um sinal sonoro alto quando detecta uma invasão, alertando os moradores e vizinhos e, muitas vezes, desencorajando o intruso. Valor R$ 1.600 o kit de alarme incluindo sensores de presença.
- Porteiro Eletrônico: Um dispositivo de comunicação que permite aos moradores verificar e controlar quem entra na propriedade sem necessidade de contato físico. Valor R$ 276,00 em sites na internet.
- Portão Automático: Portão que pode ser aberto e fechado remotamente, oferecendo conveniência e segurança ao limitar o acesso físico à propriedade. Valor R$ 6 mil reais o portão basculante com controle remoto.