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Sanções ineficazes: componentes eletrônicos dos EUA e Japão potencializam armas russas em pleno conflito e continuam operando sem restrições

Componentes eletrônicos dos EUA e Japão são usados em mísseis e sistemas de navegação russos: o país dribla as sanções com essa tecnologia essencial para suas operações militares, aumentando a tensão no conflito

por Bassani
24/09/2024
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A recente descoberta de mais de 2.000 componentes eletrônicos estrangeiros em jatos de combate russos Sukhoi revela uma realidade alarmante sobre a dependência da Rússia em tecnologias importadas principalmente dos EUA, apesar das sanções impostas por países ocidentais. De acordo com uma investigação conduzida pelo projeto Scheme da Radio Liberty, a Rússia tem utilizado massivamente eletrônicos de fabricantes norte-americanos e japoneses em seus aviões de combate, como o Su-27SM3, Su-30SM, Su-34, Su-35S e o mais avançado Su-57, que são usados em ataques contra a Ucrânia.

Esses componentes, fabricados por empresas renomadas como Texas Instruments e Analog Devices, dos Estados Unidos, e Murata, do Japão, têm sido fundamentais para o funcionamento de sistemas de navegação, orientação de mísseis e bombas, além de comunicação entre aeronaves e pontos de controle com alta tecnologia. Eles permitem que caças russos detectem alvos a mais de 300 quilômetros de distância, rastreiem múltiplos alvos automaticamente e ofereçam aos pilotos uma consciência situacional aprimorada, dando uma vantagem estratégica significativa no campo de batalha.

O papel dos componentes estrangeiros nas armas russas que continuam operando sem restrições

Os sistemas eletrônicos importados são utilizados em mísseis e bombas altamente devastadores, como os mísseis de cruzeiro Kh-59 e Kh-69, além das bombas aéreas KAB-500 e KAB-1500, que têm causado mortes de civis e destruição em cidades ucranianas como Dnipro, Odesa, Kupiansk e áreas próximas à central térmica de Trypilska.

Apesar das sanções impostas por diversas nações, a Rússia tem encontrado formas de adquirir esses componentes. Isso ocorre, principalmente, por meio de intermediários localizados em países como Hungria, Chipre, Turquia e China. Muitas dessas empresas intermediárias estão sob sanções, mas algumas, ligadas ao complexo militar-industrial russo, continuam a operar sem restrições significativas. Um dos elos chave nessa cadeia é a recém-criada “Eksiton”, uma empresa russa conectada diretamente ao complexo industrial militar do país.

Evasão de sanções e rotas alternativas são estratégias

A evasão de sanções tem se mostrado uma estratégia que a Rússia domina com agilidade. Sempre que uma empresa fundamental para o abastecimento russo é sancionada, o país rapidamente cria novas empresas de fachada para continuar operando, o que complica ainda mais a tarefa de monitoramento e fiscalização internacional. Ahyia Zahrebelska, da Agência Nacional de Prevenção da Corrupção da Ucrânia, destacou que essa tática é amplamente usada pela Rússia para driblar as restrições impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

Especialistas alertam que a indústria de defesa russa tem armazenado componentes eletrônicos suficientes para manter a produção de armas por até três anos, embora a escassez de peças seja uma realidade iminente até o final de 2024. A expectativa é que, até lá, o país intensifique os esforços para contornar as sanções, buscando novos fornecedores e rotas alternativas, o que pode impactar na qualidade dos armamentos produzidos.

Medidas internacionais e ação conjunta dificulta a aplicação de sanções

A resposta internacional a essa situação tem sido firme, mas a complexidade das rotas de evasão dificulta a aplicação de sanções de maneira eficaz. A União Europeia, por exemplo, recentemente impôs a responsabilidade penal para a evasão de sanções, com penas de até cinco anos de prisão para indivíduos e empresas envolvidos. Além disso, em dezembro de 2023, a Agência Nacional para a Prevenção da Corrupção lançou o primeiro banco de dados aberto do mundo, contendo informações sobre os componentes estrangeiros encontrados em armamentos russos e iranianos.

Esse banco de dados, acessível no portal “Guerra e Sanções”, inclui mais de 2.000 componentes usados em UAVs, mísseis, sistemas de guerra eletrônica e diversos outros tipos de equipamentos militares empregados pela Rússia durante a invasão em grande escala da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

Rotas ilícitas e intermediários na cadeia de suprimentos

A introdução dessa medida tem o objetivo de aumentar a transparência e facilitar a imposição de novas sanções, além de auxiliar as instituições internacionais e comissões anticorrupção na identificação de empresas e indivíduos que auxiliam a Rússia na aquisição desses componentes, direta ou indiretamente.

A investigação revelou um padrão claro: apesar das sanções e das tentativas de cortar o fornecimento de tecnologia de ponta para a Rússia, o país tem se mostrado resiliente e inovador na criação de rotas alternativas para continuar suas operações militares. A colaboração de intermediários de diversos países tem permitido que componentes eletrônicos essenciais continuem chegando às mãos da indústria de defesa russa, mesmo em tempos de forte pressão econômica e diplomática.

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