Ah, o Brasil. Uma terra imensa, cheia de desafios naturais e algumas surpresas militares que, vamos combinar, não são fáceis de ignorar. Tem gente que adora especular: “O quão difícil seria invadir o Brasil, esse gigante verde e amarelo?” A resposta curta é: muito difícil. A resposta longa? A Revista Sociedade Militar decidiu detalhar.
Um gigante armado até os dentes
Primeiro, é preciso deixar uma coisa clara: o Brasil é a maior potência militar da América Latina. De acordo com rankings especializados, o país lidera com folga na região, deixando para trás concorrentes como México e Venezuela. Inclusive, esta última, tão barulhenta com as ameaças do presidente Nicolás Maduro, está apenas afundando em sua própria crise.
E o Brasil não está brincando em serviço. Possui o único navio aeródromo operacional da região, o PHM Atlântico. Além disso, o país possui uma frota substancial de submarinos operacionais (e um nuclear em fase final de desenvolvimento), fragatas de última geração e até mesmo mísseis antinavio próprios, como o MANSUP. É tecnologia desenvolvida aqui, o que não é pouca coisa.

Para quem acha que isso é só propaganda, um exemplo prático. Em 2010, durante o exercício militar conjunto PASSEX, o submarino Tikuna (S-34) conseguiu “afundar” o porta-aviões americano USS Carl Vinson em um treinamento. Para quem não conhece, o Carl Vinson carrega cerca de 70 caças F/A-18 Super Hornet.
Se isso ainda não parece o suficiente, o Brasil conta com o GRUMEC (Grupo de Mergulhadores de Combate). Esses militares estão no mesmo nível de unidades de elite como os SEALs americanos ou o SBS britânico. Com um treinamento que reprova cerca de 60% dos candidatos, o GRUMEC é especializado sobretudo em operações subaquáticas e infiltração silenciosa. Ou seja, poder para invasor nenhum botar defeito.
Controle aéreo e tecnologia de ponta
Se um inimigo decidisse invadir o Brasil por meios aéreos, os problemas só aumentariam. O sistema de radar Cindacta IV cobre uma área absurda de 5,2 milhões de quilômetros quadrados, incluindo toda a Amazônia brasileira. E com a ajuda dos lendários Super Tucanos e, principalmente, do moderno Gripen F-39E (um caça de geração 4+ que já entrou em operação), a Força Aérea Brasileira garante o controle dos céus.

Para transporte e suporte, o Brasil também tem o Embraer C-390 Millennium e o R-99, um sistema AWACS de reconhecimento aéreo. Basicamente, se um inimigo tentar entrar por cima, é bem provável que nem veja o que o atingiu.
Amazônia: um pesadelo para qualquer invasor
Agora, se a ideia for invadir o Brasil através da Amazônia… boa sorte. Além de ser uma das florestas mais densas do mundo, o Brasil tem o Comando Militar da Amazônia (CMA) para proteger a região. Com diversas brigadas de infantaria especializadas, pelotões de fronteira e o renomado Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), o país transforma a selva em um verdadeiro campo de guerra.

E o ambiente natural não ajuda. A chuva constante, o calor sufocante e os rios praticamente intransponíveis já seriam suficientes para desanimar qualquer exército. Some isso a cobras venenosas, onças e soldados brasileiros estrategicamente posicionados em árvores, e o resultado é uma combinação letal para qualquer invasor.
Polêmicas à parte
No entanto, apesar de todo o poder militar, o Brasil enfrenta desafios sérios. O orçamento da defesa não é dos maiores, e muitas dessas forças precisam operar com recursos limitados. Além disso, há críticas de que as forças armadas brasileiras são melhor equipadas para um cenário defensivo do que para projeções de força ofensiva.
E há também o velho debate sobre as prioridades nacionais. Com tantas áreas críticas, como saúde, educação e infraestrutura, alguns questionam se o país deveria gastar tanto em defesa. Mas, para outros, a manutenção de um poder militar forte é essencial, especialmente considerando o tamanho do Brasil e os interesses estratégicos, como a Amazônia.
Contudo, invadir o Brasil seria uma tarefa hercúlea. Entre o tamanho do país, a diversidade de seus terrenos e a estrutura militar bem organizada, qualquer tentativa seria sobretudo um desastre logístico e militar.