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Brasil impulsiona corrida armamentista na América do Sul com o sucesso do Gripen; avanço do caça no Peru escancara a liderança brasileira e desafia os F-35 dos EUA

Brasil é visto como catalisador e modelo do avanço sueco na região. Brasil, Colômbia e agora Peru reforçam estratégia comum com Saab

por Sérvulo Pimentel
16/04/2025
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Em movimento que agita o equilíbrio militar regional, o governo sueco solicitou aprovação parlamentar para vender até 12 caças Gripen E/F ao Peru, colocando o Brasil em posição estratégica como referência e catalisador para a expansão do avião sueco na América do Sul. A transação, revelada na proposta orçamentária sueca para a primavera de 2025, sinaliza uma nova fase na modernização militar peruana e consolida a influência crescente da Saab no continente.

O programa brasileiro de aquisição e coprodução do Gripen, iniciado em 2014, “fortaleceu a posição da Saab no continente” e criou um “polo de produção” que hoje viabiliza acordos com outros países da região. Agora, com o Peru buscando reforçar sua Força Aérea e superar a obsolescência dos MiG-29 e Mirage 2000, a decisão de apostar no Gripen consolida um efeito dominó iniciado pelo Brasil.

A informação é do Bulgarian Military.

Brasil como referência e polo logístico

A entrada do Brasil no projeto Gripen mudou o jogo. O contrato de US$ 4,5 bilhões assinado em 2014 com a Saab permitiu produção local pela Embraer, transferência de tecnologia e treinamento de engenheiros. Isso não só impulsionou a indústria nacional, como criou uma base logística e política que atrai países vizinhos.

Venda do Gripen ao Peru acende corrida armamentista na América do Sul com Brasil como catalisador. (Crédito da foto: SAAB)

“O sucesso da Suécia no Brasil e na Colômbia sugere uma crescente aceitação do Gripen como alternativa viável”, escreve o Bulgarian Military. No caso do Peru, a proximidade com o Brasil — tanto política quanto industrial — ajuda a reduzir custos e otimizar a cadeia de suprimentos.

Pressões dos EUA e escolha estratégica

A venda do Gripen, no entanto, não se dá sem resistência. Os EUA já vetaram, por exemplo, a exportação do motor F414 — fabricado pela General Electric — para a Colômbia, o que quase inviabilizou a operação por lá. Embora não haja veto confirmado no caso peruano, a interferência americana permanece uma sombra sobre o acordo.

“A decisão do Peru ocorre em um momento de acirrada competição regional”, afirma o Bulgarian Military. E completa: “O Gripen, embora não possua as características pouco observáveis do F-35, oferece uma alternativa atraente para países que priorizam custo e flexibilidade.”

Reação em cadeia na região

Caso se concretize, a venda pode desencadear uma reconfiguração militar regional. O Chile já opera F-16, a Colômbia acaba de escolher o Gripen, e o Equador pode ser o próximo a se mover. A possibilidade de uma nova “corrida armamentista silenciosa” é tratada como real por analistas, inclusive pela reportagem do Bulgarian Military.

F-16 americanos sobrevoam nuvens: enquanto Peru opta pelo Gripen sueco, inspirado pelo Brasil, os tradicionais caças dos EUA perdem terreno na crescente corrida armamentista latino-americana. (Foto: Reprodução/Aeroin)

“O Peru sinaliza sua intenção de traçar seu próprio curso em uma região moldada por influências concorrentes”, diz o texto. Ao apostar na neutralidade sueca e evitar fornecedores tradicionais como EUA e Rússia, o Peru envia uma mensagem geopolítica clara: quer autonomia.

Defesa, tecnologia e soberania

Além das aeronaves, o pacote sueco inclui “sistemas de defesa aérea não especificados” e possibilidade de transferência de tecnologia — prioridade para o Peru. A Saab, que já fez isso com sucesso no Brasil, poderia repetir a fórmula em Lima.

“A experiência da Saab no Brasil sugere que o Peru poderia obter benefícios industriais, impulsionando seu incipiente setor de defesa”, destaca o Bulgarian Military. Em tempos de instabilidade global, a possibilidade de coprodução e independência operacional é mais valiosa do que nunca.

Impacto no futuro militar da região

Enquanto o Brasil consolida sua posição de liderança regional com o Gripen, os demais países começam a rever suas estratégias. O texto do Bulgarian Military é claro: “As implicações deste acordo vão além das fronteiras do Peru. Se bem-sucedido, poderá levar outras nações sul-americanas a reconsiderar suas forças aéreas.”

O Gripen, com seu custo por hora de voo inferior ao dos concorrentes F-35 e Rafale, sua capacidade de operar em pistas curtas e seu perfil modular, se apresenta como uma solução realista para países com orçamentos limitados — mas ambições crescentes.

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