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Brasil pode financiar aviões KC-390 para Angola com alto risco de calote em meio ao colapso orçamentário das Forças Armadas: “Falta de recursos pode parar a FAB”

Enquanto Comandantes alertam para paralisação de aviões, BNDES prepara empréstimo a país que já deve US$ 3,1 bi ao FMI.

por Sérvulo Pimentel
28/05/2025
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A possibilidade de Angola adquirir até três aeronaves KC-390 Millennium da Embraer, com financiamento brasileiro, surge como um ponto de interrogação nas relações bilaterais, levantando preocupações sobre o risco de calote ou um novo “perdão” de dívidas, prática comum em governos anteriores do PT.

Essa negociação se dá em um momento crítico para as Forças Armadas Brasileiras, que, segundo informações obtidas pela Revista Sociedade Militar, enfrentam uma severa crise orçamentária, com “91% do orçamento já está comprometido e projetos estratégicos podem ser interrompidos”, ameaçando até mesmo a operacionalidade da FAB.

A situação é complexa e remete a um histórico de empréstimos concedidos pelo BNDES a países africanos e latino-americanos que culminaram em vultosos calotes.

O acordo potencial e o histórico de dívidas

A visita do presidente angolano João Lourenço ao Brasil, recebido por Luís Inácio Lula da Silva, abriu a pauta para a potencial venda dos jatos militares. O presidente brasileiro destacou a disposição do governo em trabalhar com a Embraer e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para “abrir uma linha de financiamento que permitirá aos angolanos adquirirem até três aeronaves KC-390”, conforme noticiado pelo Info Defensa.

KC-390 Millennium da Embraer pode ser financiado pelo BNDES para Angola enquanto a própria Força Aérea Brasileira enfrenta crise orçamentária que ameaça paralisar operações por falta de recursos. (FAB)

Lula enfatizou que “Angola é um bom pagador, e isso deve ser levado em consideração pelos investidores brasileiros”. Ele chegou a repetir: “Angola sempre foi um bom pagador, e pagou sua dívida com cinco anos de antecedência. Por isso, ninguém tem que ter medo de vender nada nem de pedir nenhum empréstimo a Angola, porque os angolanos cumprem com seus deveres”.

No entanto, a defesa enfática do presidente contrasta com o histórico recente.

Perdão de dívidas: uma bandeira do PT

A prática de perdoar dívidas de países africanos não é nova para os governos petistas. O portal Metrópoles, em abril de 2023, alertou para o retorno do “perdão da dívida de países africanos” ao radar do governo Lula.

A publicação lembra que o tema foi uma bandeira dos dois primeiros mandatos de Lula e do governo Dilma Rousseff, com um total de “US$ 436,7 milhões das dívidas de quatro países” perdoados por Lula e mais de “US$ 580 milhões” por Dilma.

Essa política, embora justificada por alguns como forma de fortalecer laços e o desenvolvimento, gerou críticas por destinar recursos que poderiam ser aplicados em infraestrutura e necessidades domésticas no Brasil.

Calotes milionários e obras suspeitas

Apesar da fala de Lula sobre a adimplência de Angola, o temor de calote por parte do empresariado brasileiro “não é infundado”. A revista Veja, em outubro de 2022, detalhou que o “calote de três países contemplados com empréstimos do Brasil já somam 5,2 bilhões de reais”, citando Venezuela (R$ 3,45 bilhões), Moçambique (R$ 641 milhões) e Cuba (R$ 1,12 bilhão).

O Diário do Poder, em abril de 2019, foi ainda mais incisivo, afirmando que “quatro países – Angola, Argentina, Venezuela e República Dominicana – levaram do Brasil US$8 bilhões em financiamentos sem retorno”. O veículo destaca que o “avalista do empréstimo é o governo brasileiro, ou seja, o contribuinte”.

Além disso, a Veja revela também que os “empréstimos à exportação de serviços de engenharia” beneficiaram grandes empreiteiras brasileiras envolvidas na Operação Lava-Jato, como Odebrecht e Andrade Gutierrez, para obras em países como Cuba (Porto de Mariel), Venezuela (Metrô de Caracas) e Moçambique (Aeroporto de Nacala).

Forças Armadas em crise: prioridades questionadas

Enquanto o governo discute a abertura de linhas de crédito para Angola, a situação das Forças Armadas Brasileiras é alarmante. A Revista Sociedade Militar, em maio de 2025, divulgou que o “presidente é alertado por Comandantes das Forças Armadas: falta de recursos pode parar a FAB, atrasar o submarino nuclear e travar o míssil tático de cruzeiro no Brasil”.

Os chefes militares informaram a Lula que “91% do orçamento previsto para 2025 está comprometido com despesas obrigatórias, como salários e encargos”. Essa escassez de recursos “ameaça deixar aviões da Força Aérea Brasileira em solo por falta de combustível”, além de comprometer projetos estratégicos como o desenvolvimento do submarino nuclear e do míssil tático de cruzeiro.

A Força Aérea, por sua vez, relatou o “risco iminente de paralisação de aeronaves por falta de combustível”, um cenário que levanta sérias dúvidas sobre a prioridade na destinação dos recursos públicos.

A proposta da PEC da Previsibilidade, que visa aumentar gradualmente os investimentos em Defesa Nacional para 2% do PIB, conforme a OTAN, é defendida pelos militares como forma de garantir a continuidade de programas essenciais.

 

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