Em 2023, o cenário orçamentário das Forças Armadas brasileiras revela uma priorização alarmante: 85% dos recursos destinados ao setor são absorvidos por gastos com pessoal (salários, pensões e benefícios). O Exército lidera esse quadro, consumindo expressivos R$ 47,3 bilhões, o equivalente a 89% do seu orçamento total.
A Marinha, por sua vez, destinou R$ 25,7 bilhões para pagamento de pessoal, representando 73% de seus recursos. Já a Aeronáutica, embora com uma parcela menor, direcionou R$ 21 bilhões para despesas com pessoal, o que corresponde a 60% do seu orçamento.
Essa distribuição desproporcional de recursos coloca em segundo plano os investimentos necessários para a modernização e aprimoramento das Forças Armadas.
Em 2023, apenas 5% do orçamento da Marinha, totalizando R$ 5,8 bilhões, foi direcionado para investimentos em defesa.
Estamos buscando a marca de 10 mil seguidores no INSTAGRAM da Revista Sociedade Militar, clique abaixo para seguir
Clique aqui para seguirO Exército investiu apenas 11%, totalizando R$ 11,3 bilhões, enquanto a Aeronáutica alocou 40% de seus recursos, equivalentes a R$ 14,8 bilhões, para esse fim.
O elevado dispêndio com pessoal nas Forças Armadas brasileiras representa um grande obstáculo. Esta situação limita a capacidade das Forças de investir em tecnologia avançada e infraestrutura robusta, potencialmente comprometendo sua eficácia defensiva. Considerando os numerosos conflitos que explodem no mundo atualmente, é imprescindível que o Brasil esteja alerta e preparado.
Fonte: Folha de São Paulo