O imbróglio entre a Ordem dos Advogados do Brasil e a Marinha do Brasil, comandada pelo Almirante Marcos Olsen, parece estar apenas começando. A força, nesse segunda – feira (13/01/2024), prendeu em flagrante um advogado que gravava um vídeo dentro do espaço do Primeiro Distrito Naval, nas imediações do Museu do Amanhã.
O advogado filmava o próprio rosto enquanto enviava um recado à comissão de prerrogativas da OAB, solicitando apoio porque não estaria sendo recebido pelo oficial responsável pelo setor. A prisão foi com base em acusações ligadas a segurança externa do país e desobediência, como o artigo 147 do Código Penal Militar.
Art. 147. Fazer desenho ou levantar plano ou planta de fortificação, quartel, fábrica, arsenal, hangar ou aeródromo, ou de navio, aeronave ou engenho de guerra motomecanizado, utilizados ou em construção sob administração ou fiscalização militar, ou fotografá-los ou filmá-los: Pena – reclusão, até quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Vídeo sobre a situação foi postado no perfil da Revista Sociedade Militar no Instagram. Em resposta chegaram centenas de comentários e uma análise de sentimentos realizada por IA demonstra que mesmo os militares, que estão em maior número entre os seguidores do site, apontam erros graves na troto com o caso envolvendo o advogado Adriano Rocha.
A presidente da OAB-RJ chegou a se manifestar sobre o caso: “Um advogado foi detido por um militar no exercício da profissão. Diante disso, a Comissão de Prerrogativas acompanhou o caso e impetrou um habeas corpus. Não descansamos um minuto até a liberação do nosso colega. Nossa prioridade foi restabelecer sua dignidade. A OABRJ continuará atuando com muita ênfase, pois esse é um exemplo do que não pode acontecer no exercício da advocacia”, declarou Basilio.
Análise por Inteligência Artificial em conjunto de 115 comentários em postagem sobre a prisão do Dr. Adriano Rocha
- Percentuais:
- Favoráveis à Marinha: 14%
- Contrários à Marinha: 63%
- Neutros ou pedindo mais contexto: 23%
- Excertos emblemáticos:
- Favoráveis à Marinha:
- “CT Monteiro, excelente militar e de ótima índole, servi com ele durante anos, está apenas cumprindo ordem de algum superior, área militar não é bagunça.”
- “O militar é uma categoria diferenciada. Não é fácil. […] ”
- Contrários à Marinha:
- “A moral da Marinha cada vez pior, se ela faz isso com um advogado, imagina o que não passa os praças dentro das OM.”
- “Marinha pode acabar já, até o paisano tira eles pra merda agora kkk.”
- “Vergonhoso. Estou enojada. As nossas Forças Armadas viraram uma Gestapo brasileira, a mando da quadrilha vermelha.”
- Neutros ou pedindo mais contexto:
- “Qual o contexto da situação? O cidadão estava detido?”
- “A matéria não explica o que aconteceu!”
- Favoráveis à Marinha:
- Análise sobre o impacto do imbróglio: O episódio gerou um intenso debate sobre autoridade, abuso de poder e transparência no âmbito militar. A maioria dos comentários expressou insatisfação, tanto com a Marinha quanto com a percepção geral sobre as Forças Armadas, reforçando uma visão negativa devido ao constrangimento gerado. Os poucos comentários favoráveis destacaram que o problema pode ser atribuído a ordens superiores ou má interpretação das regras, defendendo a hierarquia e disciplina.No subconsciente coletivo dos leitores, a situação reforça a perda de prestígio das Forças Armadas e uma crescente percepção de que abusos de poder e falta de diálogo são recorrentes. Além disso, o caso revelou uma clara divisão de opiniões entre civis e militares sobre a legitimidade das normas internas versus direitos constitucionais, como o direito de defesa. Por fim, a associação com contextos políticos ampliou o impacto da discussão, alimentando polarizações.