Curiosidades militares, estranhices e coisas que ninguém entende – Ninguém sabe por quê a Marinha do Brasil pinta os navios antes de sepultá-los no mar ou vender para o ferro velho
O navio da Marinha do Brasil Ary Parreiras serviu por muito tempo à marinha do Brasil, conhecida como briosa pelos militares que lá servem. Foi incorporado em 8 de março de 1957, recebendo o indicativo naval, a sigla “G-21”, assumiu o primeiro comando o Capitão-de-Mar-e-Guerra Lauro Martins Ferreira.
Em 21 de setembro de 2009, foi submetido a uma cerimônia chamada de Mostra de Desarmamento, que na verdade é o desligamento formal do serviço ativo de uma embarcação, o momento em que, em outras palavras, a Marinha se despede do equipamento que será então destinado para uma sucata ou será usado para treinamento, um tiro ao alvo com armas de guerra.
A cerimônia não deixa de ser algo estrando por si só, demonstra uma espécie de devoção e gratidão a um equipamento, algo inanimado feito de aço. É como se um motorista demonstrasse agradecimento e devoção ao ônibus que dirigiu quando este fosse destinado ao ferro velho.
O que muitos militares da marinha do Brasil não conseguem entender é como a Esquadra Brasileira não se desapegou de certas tradições antigas e dispendiosas. Poucos sabem, mas antes das cerimônias de mostras de desarmamento os navios são submetidos a uma limpeza meticulosa e sofrem uma pintura bastante caprichada. Talvez o nome “mostra” assuste os comandantes, que sempre têm medo de não receber a próxima promoção.
O fato é que, segundo contam os velhos marinheiros, o Ary Parreiras foi pintado às vésperas de ser vendido como ferro velho. Foram gastos milhares de reais de verba publica e tempo de dezenas de militares para pintar uma embarcação que seria destinada para sucata.
O navio realizou mais de 578 viagens e percorreu mais de 982 mil milhas, estava – portanto – extremamente desgastado.
Infelizmente, mesmo pintado como se fosse novo, o velho navio não conseguiu desfilar de pintura nova até seu porto de destino, onde seria desmontado. A embarcação, outrora um grande navio de guerra, repentinamente, enquanto era rebocada, afundou e até hoje descansa todo pintadinho por dentro e por fora, talvez seja para Netuno passar uma inspeção rsrsrs.
Revista Sociedade Militar – Texto de colaborador – Charge – Piada – Causo