05.05.2024 – Sobrevoo das áreas afetadas pelas chuvas em Canoas
Não há muito mais o que falar sobre a triste situação em que o Rio Grande do Sul se encontra. As imagens e informações são mais do que eloquentes. É uma tragédia dos nossos tempos.
Em essência, não é diferente das que vemos pelo mundo afora. Vulcões na Islândia, tsunamis na Indonésia ou terremotos mortíferos no Japão. É um amontoado de impotência, estupor e prejuízo infiltrados por uma dor, que só quem a vive pode explicar.
Mas, por quaisquer pontos do mundo, onde a mão pesada da natureza faz sentir o seu golpe, o lenitivo imediato e mais necessário é a ajuda humanitária, o auxílio fraterno que só o homem compassivo é capaz de oferecer. Essas horas angustiantes forjam muitos heróis, antes apenas latentes.
É momento também em que o Poder público deve mostrar e demonstrar que não é somente máquina de controle e arrecadação, mas porto seguro de refúgio e acolhimento, ainda que temporário.
Nessa atmosfera de urgente compaixão pelo sofrimento do povo gaúcho, do mesmo povo brasileiro que as compõe, as Forças Armadas, Exército, Marinha e Aeronáutica, atuam como as mãos e os braços que socorrem incondicionalmente.
São ao mesmo tempo, instituição e seus militares, os braços fortes do Poder público e as mãos amigas de uma compaixão privada que se recusam à vitimização e à crítica vã. Simplesmente arregaçam as mangas e ajudam.
CEGOS PELO ÓDIO
Existe um termo em português equivalente a “hater”. “Odiador” ou “odiento” refere-se a uma pessoa que nutre ódio ou que é caracterizada pelo rancor.
Com o término da administração Bolsonaro, o Exército brasileiro, antes exaltado na internet, a partir de então, enfrenta os “haters” mais persistentes já registrados.
Mesmo com esforços evidentes para divulgar suas iniciativas, a Força terrestre é constantemente alvo de ataques nas plataformas de mídia social.
Em matéria da Revista Sociedade Militar Construindo pontes: Exército restabelece fluxo entre municípios, mas não consegue pacificar os detratores virtuais mostramos como os esforços dos militares em reconectar dois municípios em Santa Catarina foram alvo de ofensas na rede social X (Twitter).
A edificação de uma ponte, que é uma obra de interesse público e, a princípio, acima de críticas, foi motivo de escárnio e ridicularização por usuários seguidores das redes sociais do Exército.
Foram registrados mais de 500 comentários, a grande maioria com teor depreciativo, alguns chegando a ser ofensivos.
Nos eventos lamentáveis em curso no Rio Grande do Sul, a Operação Taquari 2 teve início no dia 30 de abril. Entre as ações mais importantes estão apoio médico, resgates e desobstrução de vias.
Em recente postagem sobre um resgate feito pelos militares do Exército as imagens são oriundas da câmera corporal dos militares, cumprindo protocolo de segurança das ações profissionais individuais e, segundo a publicação, sem nenhum fim comercial.
As reações no mundo de relacionamento virtual do Exército, principalmente no X-Twitter, foram as mais agressivas possíveis.
A ferocidade dos comentários cresceu proporcionalmente ao aumento da tragédia. Os usuários criticaram o uso da câmera corporal, que, segundo eles, estaria sendo usada para autopromoção das Forças Armadas.
https://twitter.com/exercitooficial/status/1787057592918856099