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Brasil vira campo de batalha silenciosa entre potências na maior feira de armas da América Latina: Embraer brilha enquanto China, Rússia e Turquia disputam contratos bilionários

Com presença de gigantes como China, Rússia, Turquia e Emirados Árabes, o Brasil virou palco da maior disputa armamentista da América Latina em 2025. A Embraer brilhou, mas o que se viu foi uma batalha silenciosa por contratos bilionários e influência estratégica.

por Alisson Ficher
11/04/2025
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A mais recente edição da feira internacional de defesa realizada no Brasil não apenas expôs armamentos de última geração, mas também escancarou o acirramento da corrida por influência militar na América Latina.

Realizada no Rio de Janeiro, a mostra transformou o solo brasileiro em palco para uma impressionante exibição de poderio bélico global.

Com a presença de países como Turquia, Índia, Rússia, Irã, China e Emirados Árabes Unidos, o evento revelou muito mais que tecnologias militares: expôs ambições estratégicas e redesenhou o tabuleiro geopolítico latino-americano.

A Embraer, gigante brasileira da aviação, foi uma das grandes protagonistas ao apresentar duas de suas aeronaves mais bem-sucedidas: o cargueiro multifunção KC-390 Millennium e o turboélice A-29 Super Tucano.

Com exportações já realizadas para países como Portugal, Hungria e Colômbia, o KC-390 continua consolidando seu espaço como alternativa ao consagrado Hercules C-130, oferecendo modernidade, versatilidade e menor custo operacional.

Durante o evento, a Embraer anunciou a venda de novos A-29 ao Panamá, ampliando sua presença na América Central e reafirmando a importância da plataforma na luta contra o narcotráfico e em missões de treinamento avançado.

A fabricante brasileira destacou ainda os avanços na certificação do KC-390, sinalizando novas oportunidades comerciais para os próximos anos.

Turquia aposta alto em blindados e drones

A Turquia, com forte presença no evento, apresentou dois veículos blindados de grande interesse para o Exército Brasileiro: o Kaplan MT e o Otokar Tulpar.

Ambos os modelos chamaram atenção por seu potencial de substituir os já defasados Leopard 1A5 BR, utilizados hoje pelas Forças Armadas do Brasil.

A empresa turca ASELSAN, especializada em eletrônica de defesa, também exibiu sistemas de comunicação, sensores de guerra eletrônica e soluções em drones como o famoso Bayraktar TB2.

Essas tecnologias despertaram interesse de delegações latino-americanas, especialmente pela combinação de desempenho e custos reduzidos.

Índia demonstra potencial com foco em parcerias

A Índia marcou presença por meio da Hindustan Aeronautics Limited (HAL), apresentando o helicóptero Dhruv e o caça Tejas, além de sistemas de mísseis e radares desenvolvidos por empresas privadas.

Com parcerias militares já estabelecidas com o Brasil, o país asiático aproveitou o evento para explorar novos mercados e ampliar sua influência estratégica na América do Sul.

EDGE Group e Emirados Árabes investem em presença regional

O conglomerado de defesa dos Emirados Árabes Unidos, EDGE Group, chegou com força total e exibiu um extenso portfólio de sistemas de mísseis, drones e tecnologia de vigilância.

Um dos destaques foi a parceria com a Marinha do Brasil no desenvolvimento do MANSUP — Míssil Antinavio Nacional de Superfície —, fruto de um esforço conjunto de inovação.

O grupo também fortaleceu laços com a brasileira Condor, referência mundial em armamentos não letais. Juntas, as empresas apresentaram soluções integradas para defesa e segurança interna.

Irã e Rússia: a volta e a estreia

A Rússia marcou seu retorno após ausência nas edições anteriores, liderada pela estatal Rosoboronexport, com sistemas consagrados como o helicóptero de ataque Mi-28NE e o sistema de defesa aérea Pantsir-S1.

A presença russa reaquece disputas históricas por espaço em países como Venezuela, Nicarágua e Bolívia, onde Moscou já mantém cooperação militar.

Já o Irã, em sua primeira participação, destacou sistemas de drones e defesa aérea de baixo custo, como os modelos Shahed, amplamente utilizados em conflitos no Oriente Médio.

A presença iraniana despertou atenção por representar uma alternativa tecnológica à margem das potências ocidentais, especialmente para países que buscam autonomia estratégica.

AEL, SAAB e BAE mostram o futuro da defesa terrestre e aérea

A brasileira AEL Sistemas, subsidiária da israelense Elbit Systems, apresentou seus novos displays e sistemas embarcados para caças Gripen e helicópteros nacionais, reforçando o lema “Construindo o Futuro da Defesa”.

Já a sueca SAAB e a britânica BAE Systems apresentaram o moderno CV90120, uma versão atualizada do CV90 com canhão de 120 mm, pensado especialmente para operações em terrenos variados como os da América Latina.

Esse veículo está entre os candidatos à substituição dos blindados Leopard 1A5 BR, reforçando a corrida global por contratos no Brasil.

Centauro II e Guarani 2.0 mostram força da IDV

A italiana IDV (Iveco Defence Vehicles) apresentou dois de seus principais veículos: o Guarani 2.0, uma versão aprimorada do modelo utilizado pelo Exército Brasileiro, e o Centauro II, blindado 8×8 com canhão de 120 mm, já aprovado pelo programa VBC Cav.

Ambos os modelos reforçam o protagonismo da IDV no processo de modernização das Forças Armadas do Brasil.

Airbus e Lockheed Martin disputam protagonismo aéreo

A Airbus trouxe o UAS Flexrotor, um drone com decolagem vertical (VTOL), ideal para missões de inteligência, vigilância e reconhecimento.

Com autonomia de até 14 horas e operação em ambientes marítimos e terrestres, o sistema demonstrou sua eficiência em testes realizados pelo Exército Brasileiro.

A norte-americana Lockheed Martin exibiu seu helicóptero Black Hawk e sistemas antimísseis de última geração, consolidando sua posição como fornecedor estratégico de defesa na América Latina.

Um evento com foco no futuro

Mais de 40 países participaram com delegações oficiais, transformando o evento em um verdadeiro hub global de negócios, parcerias e demonstrações tecnológicas.

Áreas voltadas à cibersegurança, inteligência artificial e defesa pública mostraram como a guerra moderna ultrapassa fronteiras convencionais, exigindo soluções integradas.

Startups brasileiras, como a Mac Jee, destacaram-se com tecnologias de munição inteligente, enquanto a francesa Naval Group reafirmou sua parceria com o Brasil no programa PROSUB, voltado à construção de submarinos com propulsão nuclear.

O evento confirmou que o Brasil, mesmo sem ser uma potência bélica, é hoje um território estratégico na disputa por influência global e exportação de armamentos.Brasil vira palco da maior feira de armas da América Latina em 2025 com disputa bilionária entre potências globais na LAAD.

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