A FAB (Força Aérea Brasileira) está usando uma aeronave remotamente pilotada de 15 metros de envergadura pra ajudar no resgate às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul desde a tarde do último domingo, 5 de maio.
Na tarde da última segunda-feira, 6 de maio, o RQ-900 completou mais de 24 horas de voo ininterruptas, cobrindo uma área de quase 1.400 km² e contribuindo com o resgate de 36 pessoas até agora.
As aeronaves RQ-900 (Hermes) têm sensores com câmeras de alta definição para obtenção de imagens e também iluminação com marcador laser. Assim que identifica vítimas das enchentes, a Hermes envia as coordenadas para um helicóptero H-60L Black Hawk.
A sinalização a laser pode ser vista por causa dos óculos de visão noturna utilizados pela tripulação do helicóptero. Os chamados NVG (do inglês Night Vision Goggles) aumentam consideravelmente a capacidade operacional, dando mais segurança de voo e potencializando o uso de meios aéreos mesmo em condições de baixa visibilidade.
Em nota à imprensa, a FAB disse que aeronaves remotamente tripuladas “possibilitam análises em tempo real e com alta precisão das áreas expostas, auxiliando no mapeamento e modelagem, além de permitir a mensuração da população em risco na área de estudo“.
A Hermes é operada pelo Primeiro Esquadrão do 12º Grupo de Aviação – Esquadrão Hórus, sediado na Base Aérea de Santa Maria (RS), e pode voar a mais de 9 mil metros de altura. Já o helicóptero é operado pelo Esquadrão Pantera.
Além de identificar pessoas isoladas e em situação de risco, a Hermes também monitora bloqueios em rodovias e estradas vicinais, áreas de risco de desmoronamento e instalações danificadas ou destruídas na região.